Os procedimentos necessários para que um casal com problemas de fertilidade possa ter um filho costumam ser caros e trabalhosos, pois envolvem medicamentos, médicos especializados, exames e procedimentos laboratoriais. Para ajudar casais que não possuem grande disponibilidade financeira, existe a mini-FIV.
A mini-FIV possibilita que o tratamento seja mais barato por utilizar menores quantidades de medicamentos e também por geralmente não produzir embriões excedentes, que teriam que ser congelados, gerando mais um custo ao casal e também a possibilidade de nova tentativa de inseminação com os embriões que sobraram.
Estudos sugerem que os primeiros óvulos formados a cada ciclo são os mais propensos a desenvolver o embrião da maneira correta, sendo assim desnecessário o uso dos óvulos seguintes. Com essa informação, foi possível desenvolver a técnica de mini-FIV e tornar o tratamento mais acessível financeiramente.
Como é o procedimento?
Para realizar a mini-FIV, o casal deve primeiro buscar orientação em uma clínica de reprodução humana, onde a capacidade de ambos gerarem filhos através desta técnica será avaliada e examinada. Em caso negativo, o casal deve buscar outro tratamento para engravidar.
Para o procedimento, o médico especialista coleta o esperma do homem e realiza em laboratório uma separação no material, selecionando os espermatozoides com melhor morfologia para a inseminação. Já a mulher recebe hormônios para estimular a produção ovariana e tem seus óvulos coletados.
O óvulo é então fertilizado e o embrião gerado desenvolve-se por um tempo, cerca de 3 a 5 dias em laboratório para depois ser transplantado para o útero feminino, que também já foi estimulado hormonalmente para aceitar o embrião. A maior diferença entre a mini-FIV e a Fertilização in Vitro tradicional é que a primeira utiliza menos hormônios na mulher, gerando assim menos óvulos e consequentemente menos embriões, o que barateia o procedimento.